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É preciso saber que: 
- O desenvolvimento de uma criança não acontece de forma linear.
- As mudanças que vão se produzindo ocorrem de forma gradual, são períodos contínuos que vão se sucedendo e se superpondo.
- Durante a evolução a criança experimenta avanços e retrocessos, vivendo seu desenvolvimento de modo particular.
- Acompanhamos a construção de sua personalidade respeitando que em cada idade há um jeito próprio de se manifestar.
- Tanto antecipar etapas, como não estimular a criança, podem ser geradores de futuros conflitos.
- Cabe a família e a ESCOLA conhecer e respeitar os passos do desenvolvimento infantil.

Característica da faixa etária dos 0 aos 6 meses

Desenvolvimento Físico:
• Processo de fortalecimento gradual dos músculos e do sistema nervoso: os movimentos bruscos e descontrolados iniciais vão dando lugar a um controle progressivo da cabeça, dos membros e do tronco;
• Por volta das 8 semanas é capaz de levantar a cabeça sozinho durante poucos segundos, deitado de barriga para baixo;
• Controle completo da cabeça por volta dos 4 meses: deitado de costas, levanta a cabeça durante vários segundos; deitado de barriga para baixo começa a elevar-se com apoio das mãos e dos braços e virando a cabeça;
• Por volta dos 4 meses o controle das mãos é mais fino, sendo capaz de segurar num brinquedo;
• Entre os 4 e os 6 meses utiliza os membros para se movimentar, rolando para trás e para frente; apresenta também maior eficácia em alcançar e agarrar o que quer ou a posicionar-se no chão para brincar;
• Desenvolve o seu próprio ritmo de alimentação, sono e eliminação;
• Desenvolvimento progressivo da visão;
• Com 1 mês, é capaz de focar objetos a 90 cm de distância;
• Progressivamente será capaz de utilizar os dois olhos para focar um objeto próximo ou afastado, bem como de seguir a deslocação dos objetos ou pessoas;
• Entre os 4 e os 6 meses a visão e a coordenação olho-mão encontram-se próximas da do adulto;
• Desenvolvimento da função auditiva;
• Entre os 2 e os 4 meses, o bebê reage aos sons e às alterações do tom de voz das pessoas que o rodeiam;
• Por volta dos 4-6 meses, possui já uma grande sensibilidade às modulações nos tons de voz que ouve;

Desenvolvimento Intelectual:
• A aprendizagem faz-se sobre tudo através dos sentidos;
• Vocaliza espontaneamente, sobretudo quando está em relação;
• A partir dos 4 meses, começa a imitar alguns sons que ouve à sua volta;
• Por volta do 6º mês, compreende algumas palavras familiares (o nome dele, "mamã", "papá"...), virando a cabeça quando o chamam;

Desenvolvimento Social:
• Distingue a figura cuidadora das restantes pessoas com quem se relaciona, estabelecendo com ela uma relação privilegiada;
• Fixa o rostos e sorri (aparecimento do 1º sorriso social por volta das 6 semanas);
• Aprecia situações sociais com outras crianças ou adultos;
• Por volta dos 4 meses: capacidade de reconhecimento das pessoas mais próximas, o que influencia a forma como se relaciona com elas, tendo reações diferenciadas consoante a pessoa com quem interage. É também capaz de distinguir pessoas conhecidas de estranhos, revelando preferência por rostos familiares;

Desenvolvimento Emocional:
• Manifesta a sua excitação através dos movimentos do corpo, mostrando prazer ao antecipar a alimentação ou o colo;
• O choro é a sua principal forma de comunicação, podendo significar estados distintos (sono, fome, desconforto...);
• Apresenta medo perante barulhos altos ou inesperados, objetos, situações ou pessoas estranhas, movimentos súbitos e sensação de dor;

Característica da faixa etária dos 6 aos 12 meses

Desenvolvimento Físico:
• Desenvolvimento da motricidade: os músculos, o equilíbrio e o controlo motor estão mais desenvolvidos, sendo capaz de se sentar direito sem apoio e de fazer as primeiras tentativas de se pôr de pé, agarrando-se a superfícies de apoio;
• A partir dos 8 meses, consegue arrastar-se ou gatinhar;
• A partir dos 9 meses poderá começar a dar os primeiros passos, apoiando-se nos móveis;
• Desenvolvimento da preensão: entre os 6 e os 8 meses, é capaz de segurar os objetos de forma mais firme e estável e de manipulá-los na mão; por volta dos 10 meses, é já capaz de meter pequenos pedaços de comida na boca sem ajuda, é capaz de bater com dois objetos um no outro, utilizando as duas mãos, bem como adquire o controle do dedo indicador (aprende a apontar);

Desenvolvimento Intelectual:


• A aprendizagem faz-se sobre tudo através dos sentidos, principalmente através da boca;
• Desenvolvimento da noção de permanência do objeto, ou seja, a noção de que uma coisa continua a existir mesmo que não a consiga ver;
• Vocalizações;
• Os gestos acompanham as suas primeiras "conversas", exprimindo com o corpo aquilo que quer ou sente (por ex., abre e fecha as mãos quando quer uma coisa);
• Alguns dos seus sons parecem-se progressivamente com palavras, tais como "mamã" ou "papá" e ao longo dos próximos meses o bebê vai tentar imitar os sons familiares, embora inicialmente sem significado;
• A partir dos 8 meses: desenvolvimento do, acrescentando novos sons ao seu vocabulário. Os sons das suas vocalizações começam a acompanhar as modulações da conversa dos adultos - utiliza "mamã" e "papá" com significado;
• Nesta fase, o bebê gosta que os objetos sejam nomeados e começa a reconhecer palavras familiares como "papa", "mamã", "adeus", sendo progressivamente capaz de associar ações a determinadas palavras (por ex: tchau-tchau" - acenar);
• A partir dos 10 meses, a noção de causa-efeito encontra-se já bem desenvolvida: o bebê sabe exatamente o que vai acontecer quando bate num determinado objeto (produz som) ou quando deixa cair um brinquedo (o pai ou a mãe apanha-o). Começa também a relacionar os objetos com o seu fim (por ex., coloca o telefone junto ao ouvido);
• Progressiva melhoria da capacidade de atenção e concentração: consegue manter-se concentrado durante períodos de tempo cada vez mais longos;
• A primeira palavra poderá surgir por volta dos 10 meses;

Desenvolvimento Social:

• O bebê está mais sociável, procurando ativamente a interação com quem o rodeia (através das vocalizações, dos gestos e das expressões faciais);
• Manifesta comportamentos de imitação, relativamente a pequenas ações que vê os adultos fazer (por ex., lavar a cara, escovar o cabelo, etc.);
• A partir dos 10 meses, maior interesse pela interação com outros bebês;

Desenvolvimento Emocional:
• Formação de um forte laço afetivo com a figura materna (cuidadora) - Vinculação;
• Presença de ansiedade de separação, que se manifesta quando é separado da mãe, mesmo que por breves instantes - trata-se de uma ansiedade normal no desenvolvimento emocional do bebê;
• Presença de ansiedade perante estranhos: sendo igualmente uma etapa normal do desenvolvimento emocional do bebê, manifesta-se quando pessoas desconhecidas o abordam diretamente;
• A partir dos 8 meses, maior consciência de si próprio;
• Nesta fase é comum os bebês mostrarem preferência por um determinado objeto (um cobertor ou uma pelúcia, por ex.), o qual terá um papel muito importante na vida do bebê - ajuda a adormecer, é objeto de reconforto quando está triste, etc.;

Característica da faixa etária de 01 aos 02 anos

Desenvolvimento Físico:
• Começa a andar, sobe e desce escadas, sobe os móveis, etc. - o equilíbrio é inicialmente bastante instável, uma vez que os músculos das pernas não estão ainda bem fortalecidos. Contudo, a partir dos 16 meses, o bebê já é capaz de caminhar e de se manter de pé em segurança, com movimentos muito mais controlados;
• Melhoria da motricidade fina devido à prática - capacidade de segurar um objeto, o manipula, passa de uma mão para a outra e o larga deliberadamente. Por volta dos 20 meses, será capaz de transportar objetos na mão enquanto caminha;

Desenvolvimento Intelectual:

• Maior desenvolvimento da memória, através da repetição das atividades - permite-lhe antecipar os acontecimentos e retomar uma atividade momentaneamente interrompida, à qual dedica um maior tempo de concentração. Da mesma forma, através da sua rotina diária, o bebê desenvolve um entendimento das seqüências de acontecimentos que constituem os seus dias e dos seus pais;
• Exibe maior curiosidade: gosta de explorar o que o rodeia;
• Compreende ordens simples, inicialmente acompanhadas de gestos e, a partir dos 15 meses, sem necessidade de recorrer aos gestos;
• Embora possa estar ainda limitada a uma palavra de cada vez, a linguagem do bebê começa a adquirir tons de voz diferentes para transmitir significados diferentes. Progressivamente, irá sendo capaz de combinar palavras soltas em frases de 2 palavras;
• É capaz de acompanhar pedidos simples, como por ex. "dá-me a caneca";
• As experiências físicas que vai fazendo ajudam a desenvolver as capacidades cognitivas. Por exemplo, por volta dos 20 meses;
• Sabe que um martelo de brincar serve para bater e já o deve utilizar;
• Consegue estabelecer a relação entre um carrinho de brincar e o carro da família;
• Entre os 20 e os 24 meses é também capaz de brincar ao faz-de-conta (por ex., finge que deita chá de um bule para uma xícara, põe açúcar e bebe - recorda uma seqüência de acontecimentos e faz de conta que os realiza como parte de um jogo). A capacidade de fazer este tipo de jogos indica que está a começar a compreender a diferença entre o que é real e o que não é;

Desenvolvimento Social:
• Aprecia a interação com adultos que lhe sejam familiares, imitando e copiando os comportamentos que observa;
• Maior autonomia: sente satisfação por estar independente dos pais quando inserida num grupo de crianças, necessitando apenas de confirmar ocasionalmente a sua presença e disponibilidade - esta necessidade aumenta em situações novas, surgindo uma maior dependência quando é necessária uma nova adaptação;
• As suas interações com outras crianças são ainda limitadas: as suas brincadeiras decorrem sobre tudo em paralelo e não em interação com elas;
• A partir dos 20-24 meses, e à medida que começa a ter maior consciência de si própria, física e psicologicamente, começa a alargar os seus sentimentos sobre si próprio e sobre os outros - desenvolvimento da empatia (começa a ser capaz de pensar sobre o que os outros sentem);

Desenvolvimento Emocional:

•Grande reatividade ao ambiente emocional em que vive: mesmo que não o compreenda, apercebe-se dos estados emocionais de quem está próximo dele, sobre tudo os pais;
• Está a aprender a confiar, pelo que necessita de saber que alguém cuida dela e vai de encontro às suas necessidades;
• Desenvolve o sentimento de posse relativamente às suas coisas, sendo difícil partilhá-las;
• Embora esteja normalmente bem disposta, exibe por vezes alterações de humor ("birras");
• É bastante sensível à aprovação/desaprovação dos adultos;

Característica da faixa etária dos 2 aos 3 anos

Desenvolvimento Físico:

• À medida que o seu equilíbrio e coordenação aumentam, a criança é capaz de saltar ou saltar de um pé para o outro quando está a correr ou a andar;
• É mais fácil manipular e utilizar objetos com as mãos, como um lápis de cor para desenhar ou uma colher para comer sozinha;
• Começa gradualmente a controlar os esfíncteres (primeiro os intestinos e depois a bexiga);

Desenvolvimento Intelectual:

• Fase de grande curiosidade, sendo muito freqüente a pergunta "Por quê?";
• À medida que se desenvolvem as suas competências lingüísticas, a criança começa a exprimir-se de outras formas, que não apenas a exploração física - trata-se de juntar as competências físicas e de linguagem (por ex., quando faço isto, acontece aquilo), o que ajuda ao seu desenvolvimento cognitivo;
• É capaz de produzir regularmente frases de 3 e 4 palavras. A partir dos 32 meses, já capaz de conversar com um adulto usando frases curtas e de continuar a falar sobre um assunto por um breve período;
• Desenvolvimento da consciência de si: a criança pode referir-se a si própria como "eu" e pode conseguir descrever-se por frases simples, como "tenho fome";
• A memória e a capacidade de concentração aumentaram (a criança é capaz de voltar a uma atividade que tinha interrompido, mantendo-se concentrada nela por períodos de tempo mais longos);
• A criança está a começar a formar imagens mentais das coisas, o que a leva à compreensão dos conceitos - progressivamente, e com a ajuda dos pais, vai sendo capaz de compreender conceitos como dentro e fora, cima e baixo;
• Por volta dos 32 meses, começa a apreender o conceito de sequências numéricas simples e de diferentes categorias (por ex., é capaz de contar até 10 e de formar grupos de objetos - 10 animais de plástico podem ser 3 vacas, 5 porcos e 3 cavalos);

Desenvolvimento Social:

• A mãe é ainda uma figura muito importante para a segurança da criança, não gostando de estranhos. A partir dos 32 meses, a criança já deve reagir melhor quando é separada da mãe, para ficar à guarda de outra pessoa, embora algumas crianças consigam este progresso com menos ansiedade do que outras;
• Imita e tenta participar nos comportamentos dos adultos: por ex., lavar a louça, maquiar-se, etc.;
• É capaz de participar em atividades com outras crianças, como por exemplo, ouvir histórias;

Desenvolvimento Emocional:
• Inicialmente o leque de emoções é vasto, desde o puro prazer até a raiva frustrada. Embora a capacidade de exprimir livremente as emoções seja considerada saudável, a criança necessitará de aprender a lidar com as suas emoções e de saber que sentimentos são adequados, o que requer prática e ajuda dos pais;
• Nesta fase, as birras são uma das formas mais comuns da criança chamar a atenção – geralmente deve-se a mudanças ou a acontecimentos, ou ainda a uma resposta aprendida (as birras costumam estar relacionadas com a frustração da criança e com a sua incapacidade de comunicar de forma eficaz);

Características da faixa etária dos 03 aos 04 anos

Desenvolvimento Físico:
• Grande atividade motora: corre, salta, começa a subir escadas, pode começar a andar de triciclo; grande desejo de experimentar tudo;
• Embora ainda não seja capaz de amarrar sapatos, veste-se sozinha razoavelmente bem;
• É capaz de comer sozinha com uma colher ou um garfo;
• Copia figuras geométricas simples;
• É cada vez mais independente ao nível da sua higiene; é já capaz de controlar os esfíncteres (sobretudo durante o dia);

Desenvolvimento Intelectual:

• Compreende a maior parte do que ouve e o seu discurso é compreensível para os adultos;
• Utiliza bastante a imaginação: início dos jogos de faz-de-conta e dos jogos de papéis;
• Compreende o conceito de "dois";
• Sabe o nome, o sexo e a idade;
• Repete seqüências de 3 algarismos;
• Começa a ter noção das relações de causa e efeito;
• É bastante curiosa e investigadora;

Desenvolvimento Social:

• É bastante sensível aos sentimentos dos que a rodeiam relativamente a si própria;
• Tem dificuldade em cooperar e partilhar;
• Preocupa-se em agradar os adultos que lhe são significativos, sendo dependente da sua aprovação e afeto;
• Começa a aperceber-se das diferenças no comportamento dos homens e das mulheres;
• Começa a interessar-se mais pelos outros e a integrar-se em atividades de grupo com outras crianças;

Desenvolvimento Emocional:

• É capaz de se separar da mãe durante curtos períodos de tempo;
• Começa a desenvolver alguma independência e autoconfiança;
• Pode manifestar medo de estranhos, de animais ou do escuro;
• Começa a reconhecer os seus próprios limites, pedindo ajuda;
• Imita os adultos;

Desenvolvimento Moral:
• Começa a distinguir o certo do errado;
• As opiniões dos outros, acerca de si própria assumem grande importância para a criança;
• Consegue controlar-se de forma mais eficaz e é menos agressiva;
• Utiliza ameaças verbais extremas, como por exemplo: "eu te mato!", sem ter noção das suas implicações;

Característica da faixa etária dos 04 aos 05 anos

Desenvolvimento Físico:

• Rápido desenvolvimento muscular;
• Grande atividade motora, com maior controle dos movimentos;
• Consegue escovar os dentes, pentear-se e vestir-se com pouca ajuda;

Desenvolvimento Intelectual:
• Adquiriu já um vocabulário alargado, constituído por 1500 a 2000 palavras; manifesta um grande interesse pela linguagem, falando incessantemente;
• Compreende ordens com frases na negativa;
• Articula bem consoantes e vogais e constrói frases bem estruturadas;
• Exibe uma curiosidade insaciável, fazendo inúmeras perguntas;
• Compreende as diferenças entre a fantasia e a realidade;
• Compreende conceitos de número e de espaço: "mais", "menos", "maior", "dentro", "debaixo", "atrás";
• Começa a compreender que os desenhos e símbolos podem representar objetos reais;
• Começa a reconhecer padrões entre os objetos: objetos redondos, objetos macios, animais... 

Desenvolvimento Social:
• Gosta de brincar com outras crianças; quando está em grupo, poderá ser seletiva acerca dos seus companheiros;
• Gosta de imitar as atividades dos adultos;
• Está a aprender a partilhar, a aceitar as regras e a respeitar a vez do outro;

Desenvolvimento Emocional:

• Os pesadelos são comuns nesta fase;
• Tem amigos imaginários e uma grande capacidade de fantasiar;
• Procura frequentemente testar o poder e os limites dos outros;
• Exibe muitos comportamentos desafiantes e opositores;
• Os seus estados emocionais alcançam os extremos: por ex., é desafiante e depois bastante envergonhada;
• Tem uma confiança crescente em si própria e no mundo;

Desenvolvimento Moral:

•Tem maior consciência do certo e errado, preocupando-se geralmente em fazer o que está certo; pode culpar os outros pelos seus erros (dificuldade em assumir a culpa pelos seus comportamentos);

Características da faixa etária dos 5 aos 6 anos

Desenvolvimento Físico:
• A preferência manual está estabelecida;
• É capaz de se vestir e despir sozinha;
• Assegura sua higiene com autonomia;
• Pode manifestar dores de estômago ou vômitos quando obrigada a comer comidas de que não gosta; tem preferência por comida pouco elaborada, embora aceite uma maior variedade de alimentos;

Desenvolvimento Intelectual:

• Fala fluentemente, utilizando corretamente o plural, os pronomes e os tempos verbais;
• Grande interesse pelas palavras e a linguagem;
• Pode gaguejar se estiver muito cansada ou nervosa;
• Segue instruções e aceita supervisão;
• Conhece as cores, os números, etc.
• Capacidade para memorizar histórias e repeti-las;
• É capaz de agrupar e ordenar objetos tendo em conta o tamanho (do menor ao maior);
• Começa a entender os conceitos de "antes" e "depois", "em cima" e "em baixo", etc., bem como conceitos de tempo: "ontem", "hoje", "amanhã";

Desenvolvimento Social:

• A mãe é ainda o centro do mundo da criança, pelo que poderá recear a não voltar a vê-la após uma separação;
• Copia os adultos;
• Brinca com meninos e meninas;
• Está mais calma, não sendo tão exigente nas suas relações com os outros; é capaz de brincar apenas com outra criança ou com um grupo de crianças, manifestando preferência pelas crianças do mesmo sexo;
• Brinca de forma independente, sem necessitar de uma constante supervisão;
• Começa a ser capaz de esperar pela sua vez e de partilhar;
• Conhece as diferenças de sexo;
• Aprecia conversar durante as refeições;
• Começa a interessar-se por saber de onde vêm os bebês;
• Está numa fase de maior conformismo, sendo crítica relativamente aqueles que não apresentam o mesmo comportamento;

Desenvolvimento Emocional:
• Pode apresentar alguns medos: do escuro, de cair, de cães ou de dano corporal, embora esta não seja uma fase de grandes medos;
• Se estiver cansada, nervosa ou chateada, poderá apresentar alguns dos seguintes comportamentos: roer as unhas, piscar repetidamente os olhos, fungar, etc.;
• Preocupa-se em agradar aos adultos;
• Maior sensibilidade relativamente às necessidades e sentimentos dos outros;
• Envergonha-se facilmente;

Desenvolvimento Moral:
• Devido à sua grande preocupação em fazer as coisas bem e em agradar, poderá por vezes mentir ou culpar os outros de comportamentos reprováveis.

"Aprendemos sobre o jeito de ser de cada criança através da forma como se relaciona com seus amigos, seus brinquedos, como manifesta suas vontades e afetos; tolera suas frustrações, através das primeiras expressões gráficas e da linguagem".

AS FASES DO DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA

O desenvolvimento da criança tem sido alvo de grandes estudos, em que o ser infantil é visto como um importante meio de obtenção de respostas para múltiplas indagações que se tem a respeito do comportamento humano. Tais estudos têm revelado que a criança passa por um processo de construção de personalidade conforme as relações estabelecidas com o ambiente físico e social que convive, haja vista que há opiniões contrárias a esta afirmação, pois a hereditariedade também é um dos fatores relevantes para o desenvolvimento humano.

Piaget, um dos grandes percussores das teorias do comportamento humano, realizou pesquisas no campo da psicologia infantil, constatando que o desenvolvimento cognitivo dar-se-á através de estágios, momentos em que o indivíduo adquire maturidade desde o nascimento à vida adulta estando em constante transformação.

Em linhas gerais, Piaget (1974) esquematiza o desenvolvimento intelectual nos seguintes estágios: Sensório-motor (0 a 2 anos) que corresponde o estágio inicial, que vai do nascimento até os dois anos de vida, momento em que a criança já tem uma percepção do ambiente e age sobre ele. Faz-se necessário uma estimulação ambiental para que o bebê obtenha reflexões das imagens e com isso já passe a coordenar-las.

O segundo estágio (2 aos 6 anos) chamado de Pré-operacional, momento em que a criança começa a desenvolver a capacidade simbólica. Neste período o que de mais importante acontece é o aparecimento da linguagem, que irá acarretar modificações nos aspectos intelectual, afetivo e social da criança. É importante ainda considerar que neste período a maturação neurofisiológica completa-se permitindo o desenvolvimento de novas habilidades, como a coordenação motora fina, onde a criança já consegue fazer alguns movimentos exigidos pela escrita.

O terceiro estágio chamado de operações concretas (7 aos 11 ou 12 anos) é o período onde as operações mentais da criança ocorrem em resposta a objetos e situações reais. Também inicia-se a construção lógica, isto é, a capacidade de coordenação de pontos de vista diferentes. E por último o quarto estágio, que se refere às operações formais, é o período após os 12 anos, a fase da adolescência, em que a criança passa a adquirir características próprias da fase adulta, como também adquire autonomia crescente em relação ao adulto, passando a organizar seus próprios valores morais.

Levando em consideração essas fases, vale ressaltar que o processo de ensino e aprendizagem deve considerar o período de maturação, pois segundo Mussen (1982, p.27-28) "odas as características do indivíduo bem como todas as mudanças de desenvolvimento são produtos de maturação" Portanto é esta que determina o nível de desenvolvimento que a criança se encontra, sendo necessário que o organismo atinja o momento apropriado para a realização de determinada tarefa, obtendo assim uma aprendizagem.

Pela ótica de Freud (1973) o comportamento humano é orientado pelo impulso sexual, que o mesmo chamou de libido, que significa prazer, assim pode-se descrever a sequência em que ocorrem as manifestações do impulso sexual distinguindo-as em cinco fases, onde a transição entre elas é gradual, pois a duração varia de um indivíduo para outro. A fase oral (0 18 meses) ocorre durante os primeiros anos de vida, onde a zona de erotização é a boca, os lábios e a língua, são os órgãos de satisfação da criança, seus desejos são orais. A fase anal (18 meses a 3 anos) é o período que a criança aprende a controlar as fezes e a urina, sua atenção está voltada ao funcionamento anal. A fase fálica (3 a 7 anos), é o período em que o papel sexual começa a ser assumido pelos órgãos genitais. Nessa fase do desenvolvimento sexual, o objeto de interesse para a criança de ambos os sexos é o pênis. Esse período apresenta grande tensão e muitas dificuldades para a criança. "Sua solução é importante para o desenvolvimento normal e os desvios em sua resolução estão atrás de quase todas as dificuldades neuróticas dos adultos de nossa cultura" (BALDWIN, 1973, p. 344).

A fase de latência (7 a 12 anos) período este correspondente aos anos escolares, quando a criança estará voltada para a aquisição de habilidades, valores entre outros. Contudo esta fase é de calmaria, na qual os impulsos são impedidos de se manifestar surgindo sentimentos como a vergonha, repugnância e moralidade. A fase genital refere-se à fase adulta, período de concretização da identidade na qual o ser já está pronto para se envolver sexualmente.

Para Freud (1973) aspectos extremamente significativos de nosso desenvolvimento pessoal e emocional são determinados durante os primeiros sete anos de vida, desse modo práticas inadequadas na educação das crianças resultarão em prejuízos para o seu comportamento quando adulto.

Diante do exposto, percebe-se a importância do estudo do desenvolvimento humano para compreender que a criança não é um adulto em miniatura, ao contrário, ela apresenta características próprias de sua idade. Os estudos e pesquisas de Piaget e Freud demonstraram que existem formas de perceber, compreender e se comportar diante do mundo, conforme cada faixa etária. Dessa forma, todos os aspectos levantados são significativos para a educação, pois ao se planejar como e o que ensinar é necessário saber quem é o educando, ou seja, compreender em qual momento a criança se encontra, para que haja uma aprendizagem significativa como também possibilita ao educador realizar seu trabalho de maneira eficiente, proporcionando aos alunos uma maior compreensão do conteúdo.

Sendo assim, as teorias do desenvolvimento humano permitem conhecer as individualidades de cada ser humano, o que torna os profissionais da educação mais aptos para observar e interpretar os comportamentos infantis.

Referencia
http://www.pedagogia.com.br/artigos/desenvolvimentodacrianca/index.php?pagina=2

Como ser um bom pai

“Onde foi que eu errei?” Essa pergunta atormentava Michael, *da África do Sul. Não é que ele tenha se esforçado pouco. Mas, sempre que pensava em seu filho rebelde de 19 anos, Michael se perguntava se poderia ter sido um pai melhor.
Já Terry, que mora na Espanha, parece ter se saído muito bem. Seu filho, Andrew, diz: “As minhas primeiras lembranças do meu pai são de ele lendo para mim, brincando comigo e me levando para passear, só nós dois. Com ele, era divertido aprender!”
É preciso admitir que ser um bom pai não é fácil. Mas os conselhos da Bíblia podem ajudar. A sabedoria desses conselhos já ajudou muitos pais e suas famílias. Vejamos alguns exemplos.

1. Reserve tempo para sua família

Como você mostra para seus filhos que eles são importantes? É claro que você faz muitas coisas por eles, incluindo sacrifícios para alimentá-los e lhes dar um lar adequado. Você não faria essas coisas se eles não fossem importantes. Mesmo assim, se não passar tempo suficiente com seus filhos, eles poderão achar que são menos importantes para você do que seu trabalho, amigos, diversão e outras coisas.
Quando é que um pai deve começar a passar tempo com os filhos? O vínculo entre mãe e bebê tem início quando ele ainda está no útero. Cerca de 16 semanas após a concepção, o bebê começa a ouvir. Nesse ponto, o pai também pode começar a criar uma relação especial com o bebê. Ele pode ouvir o coração do filho bater, senti-lo chutar, conversar com ele e cantar para ele.

2. Melhore sua comunicação

Para ter uma boa comunicação com seus filhos, você precisa ser um bom ouvinte. Precisa desenvolver a habilidade de ouvir sem perder a calma.
Se seus filhos acham que você vai logo ficar bravo e criticá-los, dificilmente eles se abrirão com você. Mas eles percebem interesse sincero quando você os ouve com paciência. Isso os deixará mais à vontade para expressar seus valiosos pensamentos e sentimentos.
Ouça com calma sem ir logo criticando 

3. Dê disciplina amorosa e elogios

Mesmo quando se sentir decepcionado ou irritado, sua disciplina deve mostrar que você se preocupa de verdade com o bem-estar de seus filhos, pensando nos benefícios a longo prazo. A disciplina inclui conselho, correção, educação e castigo, quando necessário.
Além disso, a disciplina funciona muito melhor quando o pai tem o hábito de elogiar os filhos. Um antigo provérbio diz: “Como maçãs de ouro em esculturas de prata é a palavra falada no tempo certo para ela.” (Provérbios 25:11) Os elogios ajudam os filhos a cultivar boas qualidades. Valorizar os filhos tem um ótimo efeito no desenvolvimento deles. Quando um pai aproveita oportunidades para elogiar os filhos, isso os ajuda a ser mais confiantes e os motiva a não desistir de fazer o que é certo.

4. Ame e respeite sua esposa

O modo como um marido trata sua esposa sem dúvida afeta os filhos. Um grupo de especialistas no desenvolvimento infantil comentou: “Uma das melhores coisas que um pai pode fazer pelos filhos é respeitar a mãe deles. . . . Um pai e uma mãe que se respeitam e deixam isso claro para os filhos proporcionam um ambiente seguro para eles.” — The Importance of Fathers in the Healthy Development of Children (Importância do Pai no Desenvolvimento Saudável dos Filhos). *


Referencia 

http://www.jw.org/pt/publicacoes/revistas/g201303/ser-um-bom-pai/#?insight[search_id]=5475d9ab-52f2-46f8-87b6-d4d85ce3cb40&insight[search_result_index]=12

Tipos de brinquedoteca

De acordo com a necessidade é possível criar diferentes brinquedotecas:
  • em escolas e creches: tem finalidade pedagógica;
  • em comunidades ou bairros: estimulam as relações de vizinhança;
  • as terapêuticas: auxiliam no tratamento de crianças portadoras de deficiências físicas e mentais, muitas vezes criando brinquedos adaptados;
  • em hospitais: amenizam o sofrimento das crianças internadas;
  • em universidades: servem como espaço de pesquisa sobre o comportamento infantil,testando novos brinquedos e brincadeiras;
  • as circulantes: atendem às crianças de periferias, através de ônibus, caminhonetes,...;
  • em clínicas psicológicas: auxiliam no tratamento de crianças com problemas comportamentais;
  • em bibliotecas e centros culturais: funcionam principalmente como espaço de incentivo à leitura;
  • as brinquedotecas temporárias: criam espaços de lazer e diversão em shopping centers e grandes lojas;
  • em casa: reúnem brinquedos e ajudam as crianças a aprender sobre organização e responsabilidade;

Brinquedoteca


Com a falta de espaços adequados para brincar na rua, somada a hábitos solitários - como a permanência em frente à televisão e ao computador -, a escola se torna um importante local para intensificar o convívio entre as crianças além da sala de aula. Um dos espaços privilegiados para isso é a brinquedoteca, que, mais do que diversão, também se caracteriza por ser um ambiente de aprendizagem - e, portanto, deve ser usada mediante um planejamento adequado.

Conciliar ambos - aprendizagem e livre brincar - é um grande desafio. "Primeiro, é preciso qualificar as atividades que serão propostas, criando condições adequadas para estimular a criatividade", explica Leila Peters, professora e pesquisadora da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). O mais comum é que os gestores optem por instalar cantos temáticos, como o do circo e o das atividades de pintura. Claro que, quanto mais espaço houver, maior o número de opções a oferecer. Contudo, uma brinquedoteca não exige uma infraestrutura sofisticada e pode ser montada numa sala, com as adaptações necessárias para garantir o conforto e a segurança dos usuários.

Móveis, decoração, brinquedos e jogos devem ser escolhidos levando em consideração as especificidades do segmento ao qual a brinquedoteca se destina. Nesta reportagem, vamos mostrar um modelo para os alunos da primeira etapa do Ensino Fundamental (veja os infográficos desta reportagem). Para essa faixa etária, o ideal é oferecer jogos de tabuleiro, peças de montar, kits para experimentos científicos, bonecas e bonecos, fantasias, miniaturas diversas - de meios de transporte e equipamentos urbanos etc. - e objetos que simulem a vida cotidiana dos adultos, como móveis de escritório, de casa e de hospital, entre outros. Tudo o que for colocado à disposição dos alunos deve ter o certificado do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), uma garantia de que os objetos não oferecem perigo ao serem manipulados.

Embora todo o espaço tenha de ter um planejamento cuidadoso, Rose Maria de Souza, professora do curso de Educação Física da Universidade Metodista de São Paulo, chama a atenção ainda para se evitar o direcionamento das atividades: "A professora não deve definir previamente quem vai brincar com o quê por detereminado tempo, mas deixar que as crianças façam suas escolhas." O ideal é reservar períodos maiores do que a duração de uma aula para as atividades na brinquedoteca e deixá-la sempre aberta a fim de que seja bem explorada por todos.

Ao gestor cabe garantir que essa sala esteja sempre bem equipada e em segurança e que os educadores valorizem o espaço, contemplando a importância do brincar nos momentos de formação em serviço de professores e funcionários.

Aprendendo a brincar



Alguns brinquedos, jogos e brincadeiras tradicionais tem origens surpreendentes. Vem tanto dos povos que deram origem à nossa civilização (o índio, o branco, o negro), como do longínquo Oriente. Num mundo cada vez mais urbanizado, industrializado e informatizado, a tendência é que muitas das brincadeiras tradicionais percam espaço nas preferências infantis. Mesmo assim, jogos e brinquedos como a peteca, a amarelinha, a ciranda, a pipa e a cama de gato têm um valor cultural inestimável, e o lugar dessas brincadeiras já está garantido no folclore.

a brincadeira é o exercício físico mais completo de todos e é através dela que agregamos valores e virtudes à nossa vida.

A falta de valorização do brincar, contribuiu para a realidade que vivemos hoje: as brincadeiras estão entrando em extinção. Brincar, porém, é um momento sagrado.

É através das brincadeiras que as crianças ampliam os conhecimentos sobre si, sobre o mundo e sobre tudo que está ao seu redor.

Elas manipulam e exploram os objetos, comunicam-se com outras crianças e adultos, desenvolvem suas múltiplas linguagens, organizam seus pensamentos, descobrem regras, tomam decisões, compreendem limites e desenvolvem a socialização e a integração com o grupo. E todo esse aprendizado prepara as crianças para o futuro, onde terão de enfrentar desafios semelhantes às brincadeiras.

O adulto, ao permitir-se brincar com as crianças, sem envergonhar-se disto, poderá ampliar, estruturar, modificar e incrementar as experiências das crianças. Ao participar junto com as crianças, ambos aprendem através da interação, constroem significados apropriando-se dos diversos bens culturais.

Na escola, esse resgate pode ser feito de duas formas: nas aulas de educação física e em gincanas recreativas, que deveriam ser muito mais freqüentes nas escolas de hoje. Em casa, o brincar pode acontecer do amanhecer à hora de dormir, envolvendo pai, mãe, avós, tios e até os bichinhos de estimação.

As igrejas podem contribuir também para que os filhos de sua congregação tenham uma infância mais feliz, oportunizando momentos e espaço para brincadeiras e recreação.

Resgatando Brincadeiras



Antigamente as crianças não tinham tantos brinquedos como as de hoje e, por isso, tinham que usar mais a criatividade para criá-los.

Usavam tocos de madeira, pedrinhas, legumes e palitos para fazer animais, além de brincadeiras como amarelinha, cinco Marias, bolinha de gude, cantigas de roda, passa anel, roda pião, empinar pipa, dentre várias outras e, assim, se divertiram por décadas e décadas.

Com os avanços da modernidade, a tecnologia trouxe brinquedos que não exigem a criatividade das crianças, pois elas já encontram tudo pronto.

Uma boa sugestão para comemorar o dia das crianças é a família fazer um levantamento das brincadeiras do tempo de seus pais e de seus avós, aproveitando para se distraírem com seus filhos, ensinando-os outras formas de diversão e as possibilidades de se criar jogos e brincadeiras. O mais importante disso? Ensiná-los que para brincar não precisamos gastar.

Assim, apresentamos aqui algumas sugestões de jogos e brincadeiras antigas.

- Cinco Marias: essa brincadeira constitui em, primeiramente, procurar cinco pedrinhas que tenham tamanho aproximado ou confeccionar saquinhos e recheá-los com arroz ou areia. Primeira rodada: jogue todas as pedrinhas no chão e tire uma delas (normalmente se tira a pedrinha que está mais próxima de outra). Depois, com a mesma mão, jogue-a para o alto e pegue uma das que ficaram no chão. Faça a mesma coisa até pegar todas as pedrinhas. Segunda rodada: jogue as cinco pedrinhas no chão, depois tire uma e jogue-a para o alto, porém, desta vez, pegue duas pedrinhas de uma vez, mais a que foi jogada para o alto. Repita. Terceira rodada: cinco pedrinhas no chão, tira-se uma e joga-se para o alto pegando desta vez três pedrinhas e depois a que foi jogada. Última rodada: joga-se a pedrinha para o alto e pega-se todas as que ficaram no chão.





- Roda: em roda, cantem canções antigas e façam os gestos e representações delas. Lembramos de algumas músicas como atirei o pau no gato, ciranda-cirandinha, a linda rosa juvenil, a galinha do vizinho, a canoa virou, eu entrei na roda, cachorrinho está latindo, o meu chapéu tem três pontas, pai Francisco, pirulito que bate bate, samba lelê, se esta rua fosse minha, serra serra serrador, etc.

- Escravos de Jó: dois participantes cantam a música “escravos de jó, jogavam caxangá, tira, põe, deixa ficar, guerreiros com guerreiros fazem zigue, zigue zá”. Cada um com uma pedrinha na mão vai trocando-as e fazendo o que diz a música.

- Amarelinha: risca-se a amarelinha no chão, de 1 a 10, fazendo no último número um arco para representar o céu. Pula-se com um pé só, dentro de cada quadrado.

- Pião: um pião de madeira enrolado num barbante. Puxa-se a ponta do barbante e este sai rodopiando. A grande diversão é observar o pião rodando.

- Passar anel: os participantes ficam com as mãos juntas e um deles com um anel escondido. A pessoa que está com o anel vai passando suas mãos dentro das mãos dos outros participantes até escolher um deles e deixar o anel cair em suas mãos, sem que os outros percebam. Depois escolhe uma pessoa e pergunta-se “fulano, com quem está o anel?” e a pessoa escolhida deve acertar.

- Pula corda: duas pessoas batem a corda e outra pula. Durante a execução da brincadeira os batedores vão cantando “um dia um homem bateu na minha porta e disse assim: senhora, senhora, põe a mão no chão; senhora, senhora, pule de um pé só; senhora, senhora, dê uma rodadinha e vá pro meio da rua”. Ao final, o pulador deve sair da corda sem errar.





- Bolinha de gude: essa brincadeira tem várias formas de se jogar, como box, triângulo, barca e jogo do papão, onde os participantes devem percorrer determinados caminhos, batendo uma bolinha na outra e, ao final, acertar as caçapas.

- Empinando pipa: escolha um local adequado e amplo, onde não tenha fios de energia elétrica. A pipa vai subindo com o vento e os participantes ficam observando-a ao longe. Algumas pessoas usam cerol, uma mistura de cola com caco de vidro, para cortar os fios das outras pipas. Porém, a brincadeira dessa forma torna-se perigosa, podendo causar acidentes graves. Assim, use-a apenas para se divertir evitando usar o cerol, mesmo que alguém lhe dê o preparado.

- Batata quente: os participantes sentam-se em círculo e uma pessoa fica de fora. Vão passando uma bola, bem rápido, de mão em mão e o que está de fora, de costas para o grupo, grita “batata quente, quente, quente, ..., queimou!”. Quem estiver com a bola quando o colega disser ‘queimou’, é eliminado da brincadeira. O vencedor será aquele que não for eliminado.

Por Jussara de Barros
Graduada em Pedagogia


FEIJÃO QUEIMADO



FAIXA ETÁRIA Acima de 6 anos
LOCAL Praia, Salão de Festas, Condomínio, Parque
ESTIMULAR Cooperação, Linguagem, Ritmo, Resistência
PARTICIPANTES 8+

COMO BRINCAR
Todos os participantes ficam de mãos dadas em uma fila. Quem estiver em uma das pontas comanda a brincadeira. Para começar, cantam-se os seguintes versos:

Todos: “Feijão Queimado”
Comandante: “Quem queimou?”
Todos: “Ladrão dos porcos”
Comandante: “Quer que eu prenda?”
Todos: “Prenda já, daqui pra lá”.

O comandante então puxa a fila em direção a outra ponta e passa por baixo da ligação entre os braços do último e do penúltimo jogador, levando o resto do grupo com ele. Com isso o penúltimo da fila ficará com os braços cruzados, como em um nó.
Quando a fila inteira estiver enrolada, as duas pessoas que estiverem na ponta puxam a fila para lados opostos como em um cabo de guerra vivo. Quando a corrente humana se romper, o lado com mais jogadores é o vencedor.
Dica: durante a brincadeira os participantes podem aproveitar para cantar outras músicas de roda ou folclóricas.

Tipos de brincadeiras

ADOLETÁ




FAIXA ETÁRIA Acima de 4 anos

LOCAL Calçada, Quintal, Praça, Parque, Dentro de casa, Condomínio

ESTIMULAR Atenção, Concentração, Agilidade, Ritmo

PARTICIPANTE: 2+



COMO BRINCAR

Os participantes sentam em círculo e intercalam as palmas das mãos viradas para cima, de modo que a mão direita de um bata sobre a palma da mão direita do integrante à esquerda. Assim que o integrante for tocado, deverá bater na palma do participante seguinte e assim por diante. As palmas seguem a silabação da música:

"A-do-le-tá

Le peti 

Tole tolá

Le café 

Com chocolá

A-do-le-tá

Puxa o rabo do tatu

Quem saiu foi tu!”


Quando a cantiga terminar, o último participante a ser atingido será eliminado e o jogo recomeça, até restar um. O participante que está na berlinda também pode tentar tirar a mão e, assim, se safar.

Importância do brincar


A brincadeira em grupo favorece princípios como cooperação, liderança e competição.

O momento da brincadeira é uma oportunidade de desenvolvimento para a criança. Através do brincar ela aprende, experimenta o mundo, possibilidades, relações sociais, elabora sua autonomia de ação, organiza emoções. Ás vezes os pais não tem conhecimento do valor da brincadeira para o seu filho. A idéia muitas vezes divulgada é a de que o brincar seja somente um entretenimento, como se não tivesse outras utilidades mais importantes.

Através do jogo, a criança compreende o mundo à sua volta, aprende regras, testa habilidades físicas, como correr, pular, aprende a ganhar e perder. O brincar desenvolve também a aprendizagem da linguagem e a habilidade motora. A brincadeira em grupo favorece alguns princípios como o compartilhar, a cooperação, a liderança, a competição, a obediência às regras. O jogo é uma forma da criança se expressar, já que é uma circunstância favorável para manifestar seus sentimentos e desprazeres. Assim, o brinquedo passa a ser a linguagem da criança.

Muitas vezes os pais não permitem que o filho passe por todas as etapas do seu desenvolvimento, e eles fazem isso quando tolhem as brincadeiras, exigem organização, por acharem que estão contribuindo para a maturidade da criança, quanto à aquisição de alguns comportamentos, como por exemplo, o de limpeza. A imposição de tarefas exaustivas, as incompatibilidades de horários da família são outros fatores que podem impedir as brincadeiras livres.

É de suma importância que a família tenha consciência das marcas que a sua postura de não disponibilizar flexibilidade para as brincadeiras pode deixar na criança. Além disto, vale lembrar também que é um direito garantido pela Constituição.

Por Patrícia Lopes
Equipe Brasil Escola

Vídeo da importância do brincar

https://www.youtube.com/watch?v=mqDQRTeQCWk

A Importância do Brincar para o Desenvolvimento Infantil

Embora, atualmente, a importância do brincar para o desenvolvimento infantil seja amplamente reconhecida, é comum observarmos crianças, por vezes muito pequenas, com uma rotina bastante atribulada, tomada por diversas atividades e compromissos. Muitas vezes, fica difícil encontrarmos alguma brecha, na correria do dia a dia dessas crianças, na qual elas possam, simplesmente, ter espaço e tempo para brincar. Mas, afinal, por que o brincar é considerado algo tão importante para o desenvolvimento das crianças?


Segundo Vygotsky (1989) - um dos autores que embasam teoricamente a proposta pedagógica da Creche Francesca Zacaro Faraco - o brincar cria a chamada zona de desenvolvimento proximal, impulsionando a criança para além do estágio de desenvolvimento que ela já atingiu. Ao brincar, a criança se apresenta além do esperado para a sua idade e mais além do seu comportamento habitual. Para Vygotsky, o brincar também libera a criança das limitações do mundo real, permitindo que ela crie situações imaginárias. Ao mesmo tempo é uma ação simbólica essencialmente social, que depende das expectativas e convenções presentes na cultura. Quando duas crianças brincam de ser um bebê e uma mãe, por exemplo, elas fazem uso da imaginação, mas, ao mesmo tempo, não podem se comportar de qualquer forma; devem, sim, obedecer às regras do comportamento esperado para um bebê e uma mãe, dentro de sua cultura. Caso não o façam, correm o risco de não serem compreendidas pelo companheiro de brincadeira.


Brincar com outras crianças é muito diferente de brincar somente com adultos. O brinquedo entre pares possui maior variedade de estratégias de improviso, envolve mais negociações e é mais criativo (Sawyer, 1997). Assim, ao brincar com seus companheiros, a criança aprende sobre a cultura em que vive, ao mesmo tempo em que traz novidades para a brincadeira e ressignifica esses elementos culturais. Aprende, também, a negociar e a compartilhar objetos e significados com as outras crianças.


O brincar também permite que a criança tome certa distância daquilo que a faz sofrer, possibilitando-lhe explorar, reviver e elaborar situações que muitas vezes são difíceis de enfrentar. Autores clássicos da psicanálise, como Freud (1908) e Melanie Klein (1932, 1955), ressaltam a importância do brincar como um meio de expressão da criança, contexto no qual ela elabora seus conflitos e demonstra seus sentimentos, ansiedades desejos e fantasias.


Já Winnicott (1975), pediatra e psicanalista inglês, faz referência à dimensão de criação presente no brincar. Segundo esse autor, é muito mais importante o uso que se faz de um objeto e o tipo de relação que se estabelece com ele do que propriamente o objeto usado. A ênfase está no significado da experiência para a criança. Brincando, ela aprende a transformar e a usar os objetos, ao mesmo tempo em que os investe e os “colore” conforme sua subjetividade e suas fantasias. Isso explica por que, muitas vezes, um urso de pelúcia velho e esfarrapado tem mais importância para uma criança do que um brinquedo novo e repleto de recursos, como luzes, cores, sons e movimento.


Dessa forma, percebe-se como o brincar é algo essencial para o desenvolvimento infantil. Uma criança que não consegue brincar deve ser objeto de preocupação. Disponibilizar espaço e tempo para brincadeiras, portanto, significa contribuir para um desenvolvimento saudável. É importante também que os adultos resgatem sua capacidade de brincar, tornando-se, assim, mais disponíveis para as crianças enquanto parceiros e incentivadores de brincadeiras.


Referências:

Freud, S. (1908). Escritores criativos e devaneios. Edição standard das obras psicológicas completas de Sigmund Freud, v. IX. Rio de Janeiro: Imago.

Klein, M. (1932). A psicanálise de crianças. Rio de Janeiro: Imago.

Klein, M. (1955). A técnica psicanalítica através do brincar: sua história e significado. Rio de Janeiro: Imago.

Sawyer, R. K. (1997). Pretend play as improvisation: conversation in the preschool classroom. New Jersey: Lawrence Erlbaum Associates, Publishers.

Vygotsky, L. S. (1989). A formação social da mente: o desenvolvimento dos processos psicológicos superiores (J. C. Neto, L. S. M. Barreto & S. C. Afeche, Trans.). São Paulo: Martins Fontes.

Winnicott, D. W. (1975). O brincar e a realidade. Rio de Janeiro: Imago.

"Bola na mão"

Objetivo:
 Fazer com que a criança desenvolva lateralidade, raciocínio rápido, agilidade com a bola e atenção nos sinais coloridos que o comandante irá mostrar.
Desenvolvimento:  

  1. momento: O comandante irá organizar todos em círculo e falar para que todos passem a bola em sentido horário.
  2. momento: Irá apresentar as folhas com os códigos, que são as direções (direita, esquerda e frente)
  3. momento: Com o passar da bola, o comandante irá mostrar os cartões e rapidamente quem está com a bola tem que seguir o comando. Quem errar os comandos será eliminado.

Tipos de Brincadeiras

Tatu quer sair


FAIXA ETÁRIA: Acima de 4 anos

LOCAL: Quintal, Parque, Praia, Condomínio, Salão de Festas
ESTIMULAR: Cooperação, Condicionamento físico, Estratégia, Resistência
PARTICIPANTES: 8+


cOMO BRINCAR
Para isso, terá que forçar e romper a corrente formada pelas mãos dos outros participantes. Antes de forçar a barreira, recita-se o seguinte versinho: 
- Tatu quer sair?
Todos os participantes ficam em círculo de mãos dadas, menos um, que será o ‘tatu’ e ficará no meio da roda. O objetivo do tatu é escapar da prisão. 


- Quero!

- Tem chave para abrir?
- Tenho...

Quem deixar o tatu escapar ficará no lugar dele. 

Dica: pode haver mais de um tatu no meio da roda. Assim, eles poderão bolar estratégias juntos para escapar da prisão.